A análise combinou informações dos Relatórios de Gestão da UEPG e dados oficiais do CFC para examinar a evolução dos custos por aluno equivalente e as taxas de aprovação no Exame de Suficiência. O estudo utilizou metodologia quantitativa e documental, com aplicação da Correlação de Spearman para identificar possíveis relações estatísticas entre as variáveis.

Os resultados apontaram que, durante o período de análise, houve variações importantes tanto nos custos quanto nas taxas de aprovação. Em 2020, ano marcado pela pandemia de COVID-19, observou-se uma redução de 35% no custo corrente por aluno, atribuída à suspensão das atividades presenciais e à adoção do ensino remoto. Apesar disso, a taxa de aprovação naquele ano também caiu, atingindo o menor índice da série, com apenas 36% de aproveitamento.

O coeficiente de correlação de Spearman (0,700) revelou uma associação positiva moderada entre os custos por aluno e a taxa de aprovação no exame. No entanto, a análise estatística demonstrou que essa correlação não é significativa do ponto de vista técnico, indicando que a relação pode ser influenciada por variáveis contextuais e pela amostra reduzida do estudo. Assim, não foi possível afirmar de forma conclusiva que maiores investimentos estão diretamente associados a melhor desempenho nos exames.

Ainda que a relação entre custo e desempenho não tenha se mostrado estatisticamente significativa, o estudo traz uma contribuição relevante ao demonstrar a importância de tornar mais transparentes os gastos públicos com educação superior, sobretudo em universidades estaduais. Os autores destacam que compreender o custo real da formação de profissionais e associá-lo aos indicadores de desempenho pode orientar melhor as decisões de alocação de recursos públicos.