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A Comissão CRCPR Diversidade e Inclusão realizou, no dia 6 de junho, o primeiro evento "Diversifica Contábil–Pluralidade em Números”, transmitido na TV CRCPR. Com o objetivo de promover diálogo e reflexão sobre a diversidade, equidade e inclusão de todas as pessoas no campo da contabilidade, o encontro foi dividido em quatro eixos e contou com uma série de TED Talks e painéis. Foram abordados a valorização da pluralidade no ambiente acadêmico e profissional, os benefícios de um ambiente inclusivo no setor e como implementar planos de ação em organizações contábeis. Assista à gravação do evento aqui.

“Esse evento marca um diálogo essencial para a nossa profissão. É um espaço criado para reflexões urgentes sobre diversidade, equidade e inclusão dentro da área de contabilidade”, disse Iago Lopes, coordenador da Comissão CRCPR Diversidade e Inclusão na abertura.

Em um primeiro momento, a palestrante Charmoniks Maria da Graça Heuer, vice-presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira de Recursos Humanos-Seccional Paraná (ABRH-PR), explicou o conceito de diversidade dentro de uma empresa. A mediação foi feita por Lisiane Bazzo, integrante da Comissão CRCPR Diversidade e Inclusão.

“A diversidade representa a variação de perfis, seja por raças, gêneros, idades, culturas, orientações sexuais, crenças, entre outros. A empresa é feita de pessoas; se temos pessoas diversas, as empresas geram mais resultados. São potenciais diferentes, com histórias diferentes e sonhos diferentes”, disse Charmoniks Heuer.

Para a palestrante, a inclusão é o passo seguinte da diversidade. Ou seja, é a garantia de que essas pessoas se sintam seguras, ouvidas, respeitadas e valorizadas.


No eixo dois, a psicóloga especialista em Gestão de Recursos Humanos, Andréa Cristina Barcellos Gauté falou em uma TED Talk sobre os benefícios empresariais de um ambiente inclusivo dentro do setor contábil. A mediação foi feita por  Rosineide Alves, também integrante da Comissão CRCPR Diversidade e Inclusão.

“Se a empresa não tem pessoas diversas, como ela vai ser competitiva? Estamos falando de um aumento de visão, criatividade e inovação. Quando a gente fala de diversidade etária, por exemplo, também temos esse equilíbrio”, falou Andréa Gauté.

Durante a apresentação, a palestrante abordou as barreiras que ainda dificultam a ascensão de mulheres a cargos de liderança em empresas contábeis. Apenas 28% das posições de liderança de empresas de auditoria e consultoria contábil no Brasil são ocupadas por mulheres. Andréa também discutiu sobre as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência para ingressar no mercado de trabalho.

Além disso, foram abordados exemplos de iniciativas para promover a diversidade e inclusão, como metas de diversidade e gênero, mentoria para mulheres, política de não discriminação, práticas inclusivas voltadas à comunidade LGBTQIA+* e inclusão de diversidade etária.


Em seguida, os participantes puderam acompanhar o painel “Diversidade, Equidade e Inclusão em Movimento: planos de ação na contabilidade”, que abordou o panorama histórico da exclusão social e as ações que devem ser tomadas na construção de um ambiente diverso.

Com mediação de Iago Lopes, o momento contou com a presença do vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, Laudelino Jochem e do coordenador 

da Comissão de Diversidade e Inclusão do Conselho Regional de Contabilidade da Bahia (CRC-BA), Daniel de Jesus Pereira.

“Como contadores, nós precisamos começar a trazer números e estatísticas de inclusão. Qual é o comprometimento financeiro de uma empresa para o processo de inclusão? Nós precisamos ter uma contabilidade inclusiva e falar em justiça social”, afirmou Laudelino Jochem.
“É impossível falar sobre o processo de equidade e inclusão se não falarmos sobre a inserção desses indivíduos no mercado de trabalho por de políticas afirmativas”, argumenta Daniel de Jesus Pereira ao defender a necessidade da adoção de cotas nas organizações. 

Por fim, a supervisora tributária e liderança de um grupo de equidade de gênero corporativo, Fernanda Gabriela, compartilhou sua experiência pessoal no ramo.  A mediação foi realizada por João Lucas, membro da Comissão CRCPR Diversidade e Inclusão.

“Tudo o que falamos aqui, já está sendo colocado em prática por muitas empresas que atuam na valorização, respeito e conscientização das pessoas no dia a dia. Na minha empresa essa já é uma realidade muito presente”, relatou Fernanda Gabriela.

 A palestrante reiterou que a construção de uma cultura de inclusão reflete também no atendimento ao cliente e depende de ações contínuas dentro das organizações, como por exemplo, eventos de conscientização, oficinas e ferramentas de atendimento em libras e manifesto da diversidade.


Assista à gravação completa aqui ou no vídeo a seguir:


*LGBTQIA+: sigla é um acrônimo para lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersexuais, assexuais e demais orientações sexuais  e identidade de gênero utilizadas por essa comunidade.

Reprodução permitida desde que citada a fonte.